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1809

A corte portuguesa chega ao Brasil e o ensino de língua inglesa torna-se oficial

Em 1808, a Família Real portuguesa chegou ao Brasil, escoltada por navios ingleses e fugida das tropas napoleônicas. Aportou no Rio de Janeiro, sede do governo imperial, e iniciou uma série de reformas em todas as áreas do país, inclusive a cultural. Devido ao apoio bélico e econômico e ao relacionamento do Império Britânico com a Família Real, d. João VI assinou um decreto em 22 de junho de 1809, tornando o ensino de inglês oficial na corte do Brasil. Assim começou a trajetória oficial da língua inglesa em nosso país.

Fontes: Site Helb e coluna “Como começou o ensino de inglês no Brasil?, de Denilso de Lima

1809

Uma mulher ministra as primeiras aulas de língua inglesa

As primeiras aulas de inglês no Brasil foram ministradas por uma mulher. Antes do decreto de d. João VI, uma britânica emigrada no Brasil publicou no jornal Gazeta do Rio de Janeiro um anúncio de aulas de inglês para meninas, reproduzido a seguir. A ortografia da época foi mantida, conforme redação extraída do documento histórico: “Na Rua do Ourives #27 mora huma ingleza com casa de educação para meninas que queirão aprender a ler, escrever, contar, e falar Inglez e Portuguez, cozer e bordar, etc.”.

1813

A primeira escola de ensino de língua inglesa é aberta

Foi também uma mulher quem comandou a primeira escola de inglês no Brasil. A escola para meninas, ministrada pela professora Catharina Jacob, incluía o idioma em um conjunto de lições vistas, na época, como necessárias para uma mulher. Percebe-se que o inglês no Brasil sempre foi uma língua de prestígio. Isso porque aqui os laços com o Reino Unido fizeram do idioma um aprendizado útil para quem quisesse ascender socialmente em profissões ligadas ao comércio e às relações internacionais.

Fonte: Coluna Como começou o ensino de inglês no Brasil?, de Denilso de Lima

1820

Um baiano cria gramáticas em inglês

“Iniciar e facilitar a Mocidade ao uso das suas línguas, com a clareza, justeza e simplicidade possível.” Foi assim que o autor baiano, Manuel José de Freitas, importante professor e político piauiense, descreveu a sua obra publicada pela Impressão Régia, editora oficial do Império Português no país. Foi a primeira publicação didática para o ensino de língua inglesa no Brasil.

Fontes: Ensaio “Ensino de língua inglesa no Brasil: As páginas que estão sendo viradas”, de Juliana Alves dos Santos e Diógenes Candido de Lima, e tese Ler, contar e escrever: Educação e livros no Rio de Janeiro Joanino (1808-1821), de Lucia Maria Bastos Pereira das Neves

1831

Cursos de direito passam a exigir o inglês

Em 1831, a administração brasileira assinou um decreto que incluía o inglês como requisito para cursar a faculdade de direito. A medida foi, na verdade, uma regulamentação da lei de 11 de agosto de 1827, instrumento legal que criou os dois primeiros cursos de direito no Brasil. Com a norma, além do inglês, ficou também obrigatório aprender francês, latim, filosofia racional e moral, ética, metafísica, aritmética, história e geografia.

Fonte: Site Helb

1837

Língua inglesa entra no currículo escolar

Além de ser ensinada em cursos particulares e com fins e objetivos variados, a língua inglesa passou, desde 1837, a ser oferecida no Brasil também em escolas públicas, como parte de uma educação com abordagem mais humanista. O Colégio Pedro II (no Rio de Janeiro) foi a primeira dessas instituições. Nela, os meninos – não era permitido o ingresso de meninas na época – da elite nacional podiam estudar e aprender a língua inglesa. No colégio, línguas como grego e latim (as clássicas), francês, inglês e alemão (as modernas), eram estudadas uma após a outra, em um currículo que durava de seis a oito anos.

Fonte: Site Helb

 

Entre 1837 e 1930

A Gramática e Tradução é o método vigente

Nas aulas de educação básica, o inglês era tratado como língua morta. Ou seja, ensinavam a língua do mesmo jeito que o latim: o foco era apenas na gramática e na tradução de textos escritos – daí o nome da abordagem usada até então: gramática e tradução. Dava-se pouca atenção à fala e à escuta do idioma. Os professores não falavam inglês em sala de aula e o foco era apenas aprender e decorar regras gramaticais e de vocabulário.

Entre 1837 e 1930

Língua inglesa passa integrar uma formação humanista

Na época havia duas formas de aprender inglês: a das escolas particulares de inglês, cursadas por pessoas em busca de profissões ligadas ao comércio com o Reino Unido, e a das escolas públicas (equivalentes aos atuais Ensino Fundamental e Médio). Estas eram quase sempre cursadas por pessoas da elite. Nelas, o inglês era parte de uma “educação humanista”, muito mais teórica do que prática. Ou seja, o objetivo era contribuir para a formação intelectual e espiritual de estudantes.

1889

O aprendizado da língua inglesa é oficial, opcional ou obrigatório?

Assim que o Brasil virou República, o marechal Deodoro da Fonseca criou o Ministério da Instrução, Correios e Telégrafos. O primeiro servidor a ficar a cargo da instituição foi o engenheiro e professor Benjamin Constant. Em sua reforma de ensino, foi estabelecida, a quem estudasse, a escolha entre aprender inglês ou alemão. Nas gestões de Fernando Lobo (1892) e Epitácio Pessoa (1900), aprender essas duas línguas voltou a ser obrigatório.

Fonte: Site Helb

1900

Estudiosas e estudiosos realizam congresso sobre línguas vivas

Devido a um aumento no interesse por reformas metodológicas, foi realizada a conferência Living Languages ​​​​International em Leipzig, na Alemanha. A ocasião fomentava as discussões que se desenvolviam, e resultou em uma nova forma de ensino de línguas estrangeiras, o método direto. A ideia inovadora consistia em aprender se comunicando no novo idioma, por meio de exercícios de conversação, leitura e escrita, e as metodologias do congresso contribuíram com o contexto do ensino de língua inglesa no Brasil.

Fonte: Site Helb 

1911

Reforma Rivadávia Corrêa diminui o tempo de aprendizado de língua inglesa

O decreto n. 8.659 de 1911 implementou a Lei Rivadávia Corrêa, ou Reforma Rivadávia Corrêa. A mudança adotou a desoficialização do ensino no país, o que permitiu à iniciativa privada criar faculdades. Até então, toda instituição superior de ensino precisava estar atrelada ao governo. A lei também reduziu o tempo mínimo necessário para aprender novos idiomas, inclusive o inglês, que teve seu período de aprendizado diminuído em um terço.

Fonte: Site Helb 

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